Combate à pandemia de COVID-19. Reunião de alto nível dos ministros da saúde.

Apesar da falta de dados exatos, as informações disponíveis mostram a coexistência de várias condições e fatores relacionados à vulnerabilidade de certos grupos sociais e territórios, incluindo os povos indígenas, que enfrentam desafios específicos, como níveis mais altos de pobreza e falta de acesso a alguns serviços básicos, como água e saneamento, assim como níveis de alfabetização mais baixos. Os sistemas de informação não coletam dados suficientes sobre os fatores relacionados à vulnerabilidade dos grupos sociais, entre eles a variável étnica. Por isso, uma das principais limitações é a falta de dados desagregados, que ajudariam a emitir um diagnóstico preciso sobre a dimensão das diferentes situações relacionadas à saúde de muitas dessas populações. A falta de dados quantitativos e qualitativos continua sendo um obstáculo para compreender e abordar adequadamente os determinantes sociais e a situação da saúde dos povos indígenas. Nesse contexto, alguns dos obstáculos que podem surgir para essas comunidades no combate à COVID-19 são a falta de medidas básicas de higiene, incluindo o acesso a água e sabão, e práticas culturais que podem causar dificuldades para a manutenção do distanciamento social, devido à forma como vivem. Isso ocorre porque essas práticas são culturalmente aceitas em sua visão de mundo ou porque foram impostas por suas condições socioeconômicas.

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Considerações sobre povos indígenas, afrodescendentes e outros grupos étnicos durante a pandemia de COVID-19.

A Região das Américas é caracterizada por uma riqueza multiétnica e multicultural. No entanto, povos indígenas, afrodescendentes e outros grupos étnicos, muitas vezes, sofrem discriminação e exclusão, e isso leva a desigualdades de saúde. A COVID-19 pode ter um maior impacto em certos grupos da população, como povos indígenas e afrodescendentes. Em 2017, os Estados Membros da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) aprovaram a primeira Política de Etnia e Saúde (documento CSP29/7, Rev.1), baseada no reconhecimento de diferenças entre grupos étnicos, bem como em seus respectivos desafios, necessidades e contextos históricos. A política também reforça a necessidade de uma abordagem intercultural, fundamentada na igualdade e no respeito mútuo, para melhorar os desfechos de saúde e avançar em direção à saúde universal. A OPAS prioriza a etnia como uma questão de caráter transversal no gerenciamento de emergências e desastres.

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